Sobre deportação ordenada por Trump, Bolsonaro diz: ‘Eu faria o mesmo’

O ex-presidente afirmou que apoia a política de deportação em massa do norte-americano

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), elogiando política de deportação em massa adotada pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump, declarou que se estivess “no lugar dele, faria o mesmo”. A afirmação foi feita em uma entrevista concedida à rede CNN na quinta-feira (23).

“Lá é a casa dele, aqui é a nossa. Quem não está de forma legal tem que buscar uma maneira de se legalizar, não são apenas brasileiros. Ele não mentiu e está fazendo a coisa certa. Nós não temos esse problema aqui, mas ele está cumprindo o que prometeu, e no lugar dele, eu faria o mesmo”, afirmou.

O trecho da entrevista em Bolsonaro diz concordar e tenta justificar a postura do presidente norte-americano contra a imigração repercutiu nas redes no sábado (25), depois que passaram a circular imagens de brasileiros algemados e acorrentados entre os passageiros o primeiro voo de repatriação que saiu dos EUA na sexta-feira (24).

Bolsonaro: reflexos na economia do Brasil

Na entrevista, Jair Bolsonaro também elogiou outras decisões de Trump dos primeiros dias de mandato na Casa Branca. “Ele assinou os decretos, alguns eu achei excepcionais e alguns vão ter reflexo na economia aqui no Brasil, não há dúvida no tocante a isso.”

Entre os decretos, Bolsonaro referiu-se ao que revoga os esforços do ex-presidente Joe Biden para bloquear a perfuração de petróleo no Ártico e em grandes áreas da costa dos EUA.

“Trump falou que vai voltar a explorar petróleo, vai voltar a perfurar, problema para o Brasil. Nós exportamos para os Estados Unidos e importamos diesel. Ou seja, a gente não pode ficar de costas, fingindo que não existe a Margem Equatorial”, complementou Bolsonaro.

A Margem Equatorial, que se estende da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte, possui grande potencial para exploração de petróleo, mas até o momento nenhum poço foi perfurado devido a questões ambientais.

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