Os degradantes comentários de Boris Casoy na CNN - .
Pacatuba Em Foco

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Os degradantes comentários de Boris Casoy na CNN

Pelo que deu para intuir sobre a CNN Brasil, deve ter caído a ficha sobre a bola fora. Mas cada dia de Boris nunca é mais, é sempre menos no índice de credibilidade da emissora.


Confesso que, até ele ser convidado pela CNN para o quadro Liberdade de Expressão, não tinha mais assistido a Boris Casoy. Não me animava a assisti-lo na Record ou na Rede TV, por saber das suas análises, de pouca profundidade e excesso de preconceito. Preferia lembrar os tempos de Boris diretor de redação da Folha, inexpressivo mas divertido. Tinha por hábito periodicamente dar um “balão” (aquele movimento de agarrar a pessoa, cair de costas e levantá-la com a perna) em Paulo Sérgio Scarpa, algo impensável para alguém com o cargo, a corpulência e um problema na perna, como Boris.

Mas sua performance hoje, na CNN, é um dos episódios mais vergonhosos que assisti nos últimos tempos em emissoras jornalísticas. Coloco a CNN nesse grupo de emissoras jornalísticas, ao lado da Globonews, da Band, em contraposição ao que é feito na Jovem Pan, Redetv e outras.

Em qualquer hipótese, jamais poderia imaginar uma emissora jornalística permitir tal baixaria, como o comentário de hoje de Boris.

Alexandre Garcia tinha seus problemas, especialmente com as notícias falsas sobre o Covid. Mas jamais chegou aos níveis de baixaria de Boris.

Não é apenas o preconceito, é o absoluto desrespeito a qualquer princípio jornalístico.

A ideia do contraponto – em Liberdade de Expressão – é interessante e a CNN conseguiu, em alguns momentos, colocar frente a frente conservadores e progressistas com capacidade de formular idéias e juntar informações.

No dia a dia, há comentaristas conservadores preparados na CNN – como William Waack -, na Globonews – Demétrio Magnoli – que trazem conteúdo relevante.

Boris passa longe disso. É ignorante nos conceitos; não se baseia em informações. E recorre a algo impensável em qualquer emissora séria: a difamação.

Em seu comentário de hoje, acusa José Dirceu de embolsar dinheiro de propina pago pelas empresas de ônibus de Santo André. Como é possível afirmação de tal gravidade não vir amparada de nenhum dado, nenhuma evidência?

Depois, desmente Dirceu e Guido Mantega – que garantiram jamais terem sido convidados para ministros de Lula, nem terem essa ilusão. Então qual a razão de Lula ter escolhido Mantega para o artigo na Folha, sobre a economia com Lula, indaga ele?

Ora, qualquer dos bons analistas da CNN sabe que a escolha de Guido foi justamente para não dar nenhuma indicação sobre a área econômica. Há vários grupos disputando a indicação de Ministro da Fazenda. Lula definiu que Mantega iria escrever o artigo justamente porque ninguém, com um mínimo de informação e dedução, apostaria nele para o cargo de Ministro.

Mas Boris apostou, comprovando um nível de desinformação chocante.

Dos Estados Unidos, a CNN trouxe o método de checagem. Cada informação exclusiva de seus repórteres e comentaristas é submetida a uma checagem, para garantir sua consistência. Como permite, então, a enxurrada de difamações, informações falsas, deduções indevidas, do titular de um programa de destaque?

Pelo que deu para intuir sobre a CNN Brasil, deve ter caído a ficha sobre a bola fora. Mas cada dia de Boris nunca é mais, é sempre menos no índice de credibilidade da emissora.

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