Não, não é que descobriram que o pastor Arilton Correa esteve 35 vezes no Palácio do Planalto e o pastor Gilmar Santos, dez vezes.
E muito menos é que descobriram que os dois pastores foram recebidos por uns ministros aí, tipo Ciro Nogueira, Augusto Heleno, Onyx Lorenzoni e Luiz Eduardo Ramos, o que mostra que a dupla de dois fazia xixi cruzado com o meu governo.
Não nada disso. Isso aí nem me faz cócegas.
Também não ligo que tenham descoberto que os pastores do MEC falaram duas vezes com o Mourão e que foram recebidos 13 vezes na Casa Civil, especialista nesse negócio aí de verbas e repasses.
E o Arilton Moura ter pedido um quilo de ouro pro prefeito de Luís Domingues (MA) nem me tira o sono.
Tudo isso é moleza, Diário.
Dureza mesmo é que, depois daquelas histórias dos 35 mil comprimidos de Viagra e das 60 próteses, agora descobriram que as Forças Armadas pediram mais de R$ 37 mil em lubrificante íntimo.
Pô, antes era excesso de macheza, mas agora... É só somar um mais um.
O pior é que nem vamos conseguir dar aquela desculpa de que o treco foi pedido para hospitais militares. Quem encomendou os KYs foram o Centro de Aquisições Específicas da Aeronáutica, que pediu mil tubinhos, o Centro de Intendência da Marinha em Manaus, que pediu outros mil, e a 15ª Companhia de Infantaria Motorizada do Exército, que, econômica, pediu só dez.
Exército, Marinha e Aeronáutica. Não escapou ninguém!
Ontem, na minha reunião com pastores, eu até defendi a turma dos viagrentos, dizendo que as azuizinhas eram pra tratar hipertensão e reumatismo. Mas como é que eu vou defender os kaipsilentos? Vou dizer que é creme pras mãos? Não dá!
Acusação de corrupção não é problema, Diarinho. A gente já tá acostumado e contorna isso daí. Mas suspeita de boiolismo fica complicado. Isso os meus fãs não perdoam.
Botar dinheiro, pode. Outra coisa, não, pô!
PS: Diarinho, essa foi a seiscentésima vez que eu escrevi em você. Faltam só 66.
