Argumento teria sido exposto em grupo de WhatsApp da OAB de Minas Gerais e acabou vazado para a imprensa
Por Raphael Sanz
Em conversa realizada em grupo de WhatsApp de conselheiros da OAB-MG obtida pela coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, o conselheiro federal Eliseu Marques defende chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “bandido” e defendeu o fuzilamento do petista e de “outros que deveriam ter o mesmo fim”.
“Este bandido tinha que ser fuzilado a exemplo de outros que deveriam ter o mesmo fim”, escreveu o conselheiro no grupo que tem cerca de 160 membros, todos integrantes da OAB. O administrador do grupo, segundo a coluna, seria Sérgio Leonardo, presidente seccional da OAB mineira.
A declaração teria sido motivada pela afirmação de um outro participante do grupo sobre o Brasil “virar Cuba” após uma vitória petista nas eleições. A troca de mensagens teria sido recebida com estranheza pelos demais membros do grupo. Outro membro teria recomendado que ao invés de falar ao seleto grupo, os conselheiros bolsonaristas gravassem um vídeo nas redes sociais mostrando-se publicamente na defesa das ideias em questão.
A fala faz alusão a postagem da vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB em Uberlândia (MG), em que atacou nordestinos pelo voto em Lula. Ela pediu licença do cargo após a repercussão do episódio. A crítica não caiu bem no grupo e, com o caos instalado, o administrador bloqueou o envio de mensagens por tempo indeterminado.
A coluna ainda informou que procurou Eliseu Marques que negou ter feito as declarações e em seguida desligou o telefone.