Nas ruas pelo país, centrais e movimentos pressionam Copom por diminuição da taxa de juros - .

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quarta-feira, 22 de março de 2023

Nas ruas pelo país, centrais e movimentos pressionam Copom por diminuição da taxa de juros

Entidades querem a saída do presidente do Banco Central, Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro

Foto: Junior Lima
Representantes das centrais sindicais e de movimentos populares foram às ruas em todas as regiões do país nesta terça-feira (21) para pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que, no mesmo dia, deu início à reunião que vai definir se haverá mudança na taxa básica de juros (a Selic). As centrais querem que a taxa, atualmente em 13,75% anuais, seja reduzida.

As centrais querem mudança da política monetária conduzida pelo BC. O banco é presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, e o governo chefiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pode mudar a Selic, graças à autonomia do BC, que foi determinada em legislação assinada em 2021, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

"Campos Neto é um sabotador do nosso país. Por isso, nós queremos dar o recado aqui: esses caras que estão reunidos nesse conselho monetário [Copom], dizem que são independentes, mas eles foram capturados pelo sistema financeiro. A visão de Brasil deles e a economia deles foram derrotadas em outubro. E [eles] têm que ter vergonha na cara, pegar o boné e ir embora", disse o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre.

No ato da capital paulista, que teve a participação de Nobre, foram assadas e distribuídas sardinhas, que foram entregues à população para chamar atenção sobre os problemas causados pelos juros altos. O peixe foi escolhido para fazer referência aos "tubarões" do mercado financeiro, principais beneficiário das altas taxas de juros.

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