Após privatização, parque nacional passa por mudanças, inclusive, na cobrança da taxa de turismo
Quer visitar o paraíso de Jeri? Então, vai ter que pagar a mais! Jericoacoara, um dos destinos turísticos mais populares do Brasil, passou a cobrar duas taxas de turismo dos visitantes. A mudança se dá pela concessão do Parque Nacional de Jericoacoara à iniciativa privada.
O parque, cuja área superior a 8 mil hectares recebeu mais de 1,5 milhão de visitantes, já cobrava uma taxa de visitação. À época, o valor era pago diretamente à prefeitura.
Acontece que, agora, nova taxa de turismo será cobrada dos visitantes. Veja mais detalhes a seguir.
De onde vem duas taxas de turismo em Jericoacoara?
Embora a privatização deva trazer outras mudanças, a principal delas é a cobrança de um ingresso para visitantes do Parque Nacional. O valor máximo por dia é de R$ 50 no primeiro ano, podendo variar para R$ 120 a partir do quinto ano.
Os ingressos, a princípio, dão direito à entrada no Parque, incluindo acesso às trilhas para caminhadas e contemplação.
Mas, há pessoas que não precisarão pagar pelo acesso ao parque. Ou seja, a cobrança não se aplica a moradores, frequentadores regulares e trabalhadores da região, por exemplo.
As duas taxas de turismo em Jeri também não afetam:
Crianças até seis anos
Estudantes
Professores para atividades de educação ambiental
Pesquisadores
Servidores
Agentes de segurança pública no exercício de suas funções
Guias de turismo
Condutores de visitantes cadastrados
Outras taxas
Além do ingresso para o Parque Nacional, os turistas também precisam pagar a Taxa de Turismo Sustentável, que custa R$ 41,50 por pessoa. O valor é pago à Prefeitura de Jijoca de Jericoacoara e dá direito à permanência na vila por até dez dias.
Em suma, a partir de agora, os visitantes terão que pagar duas taxas de turismo: uma para entrar no parque e, a outra, à prefeitura.
Concessão do Parque Nacional
A concessão do Parque Nacional de Jericoacoara à iniciativa privada se deu em leilão realizado na B3, em São Paulo, na última sexta-feira (26). O vencedor foi o Consórcio Dunas, que ofereceu R$ 61 milhões de outorga fixa, representando um ágio de 716,32%.
O contrato prevê investimentos de aproximadamente R$ 116 milhões em infraestrutura no parque. Além disso, cerca de R$ 990 milhões na operação durante os 30 anos de vigência.
O Consórcio Dunas será responsável pelas atividades de apoio à visitação, manutenção, modernização dos serviços turísticos, e em ações de conservação e proteção.
A princípio, há quem veja o leilão da concessão como uma oportunidade para o desenvolvimento econômico da região. Sobretudo, pela geração de emprego e renda, e a conservação ambiental.
Ademais, o Consórcio Dunas se comprometeu a investir em ações de responsabilidade socioambiental. Por exemplo, a contratação de mão de obra local e a promoção de projetos de educação ambiental.
Sendo assim, prevê-se que a cobrança de duas taxas de turismo em Jericoacoara seja uma mudança significativa para os turistas que visitam o destino. Ainda que medida contribua para a conservação do Parque Nacional e o desenvolvimento econômico da região, pede que as pessoas se preparem para não terem surpresas na chegada.
