O senador bolsonarista Laércio Oliveira (PP-SE) viajou aos Estados Unidos com despesas pagas pelo Senado Federal para acompanhar as eleições presidenciais estadunidenses que resultaram na vitória de Donald Trump. A viagem, que incluiu passagens aéreas e diárias, custou R$ 55 mil aos cofres públicos, segundo a prestação de contas. A ida do senador a Washington teve início em 1º de novembro, com retorno ao Brasil previsto para o dia 11.
As passagens aéreas de Laércio somaram R$ 34.476,48, enquanto o seguro-viagem custou R$ 389,42 e as diárias para estadia totalizaram R$ 20.662,20. O bolsonarista, que em maio já havia sido visto ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma visita a Aracaju, acompanhou o desenrolar das apurações eleitorais em Washington.
A justificativa oficial para a viagem foi o acompanhamento do processo eleitoral, embora tenha gerado questionamentos sobre o uso de recursos públicos para esse fim.
Além dele, outros políticos bolsonaristas viajaram aos EUA para apoiar a candidatura de Trump, mas com recursos próprios ou com convite da família do republicano. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi convidado para acompanhar a apuração diretamente do “QG” do vencedor do pleito, em Mar-a-Lago, na Flórida.
O terceiro filho do ex-presidente chegou aos EUA no dia 4 de novembro e participou de eventos ao lado de figuras de destaque do bolsonarismo, como o ex-ministro do Turismo Gilson Machado e seu filho, o vereador eleito em Recife, Gilson Filho (PL-PE). Eduardo, inclusive, apareceu ao lado de Trump durante a apuração dos votos.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também marcou presença em Mar-a-Lago, onde expressou seu apoio fervoroso à reeleição de Trump. Em vídeo divulgado nas redes sociais, a parlamentar destacou que a vitória do republicano é “fundamental para a liberdade dos países ocidentais” e reforçou seu compromisso com pautas conservadoras, pedindo que seus seguidores “rezem pelo Trump” e pelo “ocidente”.
Outro aliado de Bolsonaro, o deputado federal Filipe Barros (PL-PR), também foi aos EUA para acompanhar de perto a eleição. O grupo de apoiadores esteve em eventos e atos de apoio ao candidato republicano, reiterando o alinhamento com a extrema-direita estadunidense.
O próprio Jair Bolsonaro planejava comparecer aos EUA, mas foi impedido devido a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reteve seu passaporte. Ele enfrenta investigações no Brasil sob acusações de envolvimento em atos antidemocráticos.