O Ministério da Educação e Cultura (MEC) realizou nesta terça-feira (30) a edição de 2024 da Conferência Nacional de Educação (Conae). E, após o público formado por estudantes ovacionar o presidente Lula (PT), o ministro da pasta, Camilo Santana, não recebeu o mesmo carinho em sua recepeção.
Ao coro de “fora Lemann”, Santana demorou para conseguir falar no palco da Conae 2024. A crítica dos estudantes em Brasília faz alusão acordo de parceria estratégica entre o MEC e a MegaEdu, uma ONG financiada pelo empresário Jorge Paulo Lemann, bilionário que causou um rombo de pelo menos R$ 20 bilhões nas contas da Lojas Americanas.
A parceria, segundo o Estadão, visa fornecer insights sobre a conectividade de escolas públicas à internet, incluindo também um conselho do Ministério das Comunicações, que tem influência na alocação de aproximadamente R$ 6,6 bilhões destinados à conectividade dos estudantes.
No entanto, as ONGs da Fundação Lemann são vistas com preocupação por especialistas em educação. A Associação de Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) defendeu, em artigo publicado no Brasil de Fato, que instituições como essas apostam na precarização do ensino público para aumentar a demanda nas redes privadas, sobretudo nos cursos superiores.
