O Ministério das Relações Exteriores denunciou que os motivos da agressão contra a Venezuela foram expostos
Por Telesur
O governo da Venezuela denunciou nesta quarta-feira (10) o roubo de um petroleiro pelos Estados Unidos no Mar do Caribe, no contexto da ameaça militar da administração Donald Trump nesta região.
Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores venezuelano condenou “o que constitui um roubo descarado e um ato de pirataria internacional, anunciado publicamente pelo presidente dos Estados Unidos, que confessou o ataque a um petroleiro no Mar do Caribe”.
O Ministério das Relações Exteriores lembrou que esta não é a primeira vez que ele admite isso, tendo declarado abertamente durante sua campanha de 2024 que seu objetivo sempre foi se apropriar do petróleo venezuelano sem pagar qualquer indenização, deixando claro que a política de agressão contra o nosso país faz parte de um plano deliberado para saquear nossos recursos energéticos.
Denuncia ainda que este novo ato criminoso se soma ao roubo da Citgo, um importante ativo do patrimônio estratégico de todos os venezuelanos, apreendido por meio de mecanismos judiciais fraudulentos e fora dos limites de qualquer arcabouço legal.
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela destaca que “a humanidade está despertando e lutando contra os abusos imperialistas do Norte”, como demonstrado por “numerosas e concorridas manifestações de protesto em vários estados dos EUA e cidades europeias”. O povo da Venezuela “também deu uma demonstração retumbante nas ruas da Venezuela para defender a paz do nosso país”.
Eles afirmaram que, nessas circunstâncias, “os verdadeiros motivos da prolongada agressão contra a Venezuela foram finalmente expostos. Não se trata de migração. Não se trata de narcotráfico. Não se trata de democracia. Não se trata de direitos humanos. Sempre se tratou de nossa riqueza natural, nosso petróleo, nossa energia, os recursos que pertencem exclusivamente ao povo venezuelano”.
Denunciaram que esse ato de pirataria “busca desviar a atenção e encobrir o retumbante fracasso do espetáculo político realizado hoje em Oslo, onde as manipulações e a falta de resultados daqueles que tentaram, durante anos, sem sucesso, uma operação de ‘mudança de regime’ por meio da violência e em aberta cumplicidade com governos ocidentais foram mais uma vez expostas”.
A declaração reitera o apelo a todos os venezuelanos para que permaneçam firmes na defesa da pátria e insta a comunidade internacional “a rejeitar essa agressão sem precedentes, ilegal e vandalista, que está sendo normalizada como instrumento de pressão e pilhagem”.
O governo bolivariano reafirma que apelará a todos os organismos internacionais existentes para que denunciem “este grave crime internacional” e defenderá “com absoluta determinação a sua soberania, os seus recursos naturais e a sua dignidade nacional”.
A Venezuela – conclui o comunicado – “não permitirá que nenhuma potência estrangeira tente privar o povo venezuelano daquilo que lhe pertence por direito histórico e constitucional”.
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